4 fatos que mostram que é possível competir com grandes empresas

Se você tem uma pequena empresa ou pensa em abrir uma empresa mas fica dizendo que é impossível competir com grandes empresas do mercado, vamos aos 4 fatos ao seu favor para competir com “as grandes” do mercado.

  •  Agilidade para mudar as pequenas empresas tendem a ter menos processos burocráticos e muitas vezes as tomadas de decisões são mais rápidas. Inclusive para testar novos mercados.

Por isso, o modelo startup tem sido replicado pelas grandes empresas. A ideia é montar pequenos times com poder de decisão em áreas como engenharia, marketing, etc.. para tentar criar mais agilidade.

Portanto, isso quer dizer, que as grandes empresas estão tentando replicar o modelo de “pequenas empresas”. Um time pequeno e com poder de decisão é o que você tem na sua empresa.

  • Criar experiência, Principalmente para a nova geração de consumidores, que estão sempre buscando mais que a aquisição de um novo produto/serviço. Eles buscam a experiência de compra. Não importa se é de uma grande ou pequena empresa.

Muitas vezes a descoberta de uma nova marca ou um produto com uma proposta diferente, é justamente um estimulo para uma nova experiência. E se for boa a experiência, se tornará uma moeda social . E esse consumidor irá adorar compartilhar em suas redes sociais.

  • Atendimento. É nas redes sociais que esse novo consumidor está presente. Ele busca a opinião dos amigos e do que estão indicando.

Pequenas empresas conseguem, muitas vezes, serem mais ativas e mais próximas dos seus consumidores nas redes sociais. Certamente esse vínculo cria uma conexão. Essa conexão prevalecerá no momento de decisão de compra, que estará acima do tamanho da empresa ou da marca.

  • Agilidade solução de problemas. Já vimos muitas empresas grandes serem altamente criticada nas redes sociais justamente pela demora em dar uma solução a um problema.

Quando a empresa é muito grande, o problema precisa chegar a pessoa de decisão. Tomada a decisão, passar para a assessoria de imprensa e então para a agência de comunicação. Só então, o consumidores será notificado. Consequentemente, muito tempo já se passou. E isso, poderá se tornar um viral negativo para a marca.

Empresas menores conseguem ser mais ágeis nas respostas aos problemas. Muitas vezes gerando em poucos minutos ou no máximo horas, um post de agradecimento pela resolução do problema.

A democratização da venda

A internet democratizou a venda. Hoje em dia temos tantos canais para vender que é possível começar mesmo sem uma empresa aberta. Pessoas vendem no Instagram, no Facebook, vendem em marketplaces como Enjoei e Elo 7 onde é possível, mesmo sendo pessoa física , já começar a fazer as suas primeiras vendas. A tecnologia democratizou a marca. Hoje em dia é possível produzir em baixa escala produtos personalizados com marca própria.

Valorização do pequeno produtor

Grandes empresas tem se apropriado de termos como artesanais, direto do produtor entre outros. Basta ver a linha de cervejas artesanais , muitas produzidas por grandes cervejarias.Cervejas artesanais

Atento a tendência do mercado, as grandes empresas, tem se utilizado desse conceito para mostrar que é um produto mais “puro”, feito de forma mais “dedicada” e especializada.

Esse é o argumento que toda a pequena empresa tem e poderá utilizar. E acima de tudo, não será apenas como uma estratégia de marketing. É ter isso na sua essência.

Provavelmente você conhecerá mais do seu nicho do mercado que qualquer grande empresa que atua em diversos segmentos de produtos.

Por exemplo, se você trabalha com massas frescas caseiras, você saberá mais histórias, dicas, receitas, do que as grandes marcas. Porque não é só sobre comprar só massa. É comprar a história por trás do produto. E esse conteúdo, essa experiência, as pequenas empresas tem sido mais eficiente que muitas grandes empresas.

Nessa agilidade e proximidade com o consumidor, muitas pequenas empresas tem crescido. Como resultado, grandes empresas tem comprado essas “pequenas” empresas, para então conseguirem ter em seus portfólios, marcas que “vendem” essa experiência de compra.

Marcas como a cerveja Colorado, Suco do Bem, Mãe Terra e tantas outras que começaram pequenas foram adquiridas por grandes corporações como Ambev e Unilever.  Justamente, por serem marcas que possuíam algo que elas não tinham: uma conexão com o seus consumidores que iam além do produto. Elas tinham fãs da marca.

É mais fácil vender o que está todo mundo vendendo. Será?!

Uma oportunidade de mercado é vender o que está todo mundo vendendo ? Todo mundo deve lembrar da febre das paleterias (aquele sorvete mexicano). Junto com a moda vem uma infinidade de empresas e pequenos comerciantes aderindo a  moda.  A ideia é conseguir uma participação, uma fatia,  um market share desse mercado. Moda é diferente de tendência.  Por exemplo, o mercado de produtos naturais e saudáveis é uma tendência. A forma como vivemos está mudando e a busca por uma qualidade de vida aumenta cada vez mais. Logo, dentro do mercado “alimentação saudável ou produtos ligados ao bem estar,   temos diversas possibilidades a serem exploradas. Moda é mais pontual a dura menos tempo.  Ainda existem as paleterias?! Sim, com certeza. Mas muitos quebraram em um curto espaço de tempo ou tiveram que rapidamente se reinventarem.

Outro dia conversando com uma amiga estávamos falando sobre uma consultoria que ela estava prestando para um cliente que queria vender brownies , aqueles bolinhos de chocolate . Tem um case de sucesso no mercado  de venda de brownies  que são os Brownies do Luis, que recentemente lançou uma linha de produtos de brownies orgânicos assinados pela Bela Gil. Se não conhece ainda esse produto, vale a pena pesquisar, é uma delícia! 🙂 .   E todos devem conhecer muitos outros brownies “sem marcas” que vemos por ai em padarias e supermercados, normalmente ficam perto dos caixas.

A receita de brownie desse cliente, segundo ela,  era bom. Nada de surpreendente. Ele usava bons ingredientes mas não os melhores como um chocolate belga, mas bons ingredientes. O preço ele se baseou no mercado e cobrava dentro da média pré estabelecida para venda de brownies em padarias e pequenos comércios.  A margem era “justa”, o que poderia ser um problema pois com produtos alimentícios temos que considerar as perdas devido a data de validade.  Pela capacidade de produção do tal cliente , daria um rendimento baixo que no plano dela sugeria uma estratégia no aumento da produção (investimento em nova estrutura) para poder render o suficiente para ele conseguir se manter do empreendimento dele.

A nossa conversa foi: “mas porque ele quer entrar nesse mercado?” Ele não tem o melhor produto, nem a melhor receita, nem o melhor preço, nem a melhor embalagem, nem a melhor proposta de valor . Ele não vendia uma história, algo que fizesse diferença no produto dele. Ele apenas queria um fatia de um mercado que ele identificou como promissor. Ele via que brownies vendiam e que poderia ter uma produção inicial caseira e de baixo investimento.  Ele entrou esperando conseguir uma participação desse mercado.  Pode ser que ele consiga, mas as chances dele, analisadas naquele momento,  não eram nada boas e manter um negócio também não significa viver bem desse negócio.

Descobrindo novas oportunidades

Dias depois dessa conversa, encontrei com uma outra pessoa e ela estava me contando que há anos trabalha com corridas. Que as corridas de rua cresceram muito, que hoje em dia são em média 3 corridas de rua acontecendo todo o final de semana em São Paulo. Que tem desde pequenas corridas até as grandes corridas e como elas se dividem. Enfim, um novo e prospero universo com empresas criando produtos como palmilhas e maquiagens focando somente nesse publico que pratica desde  corridas profissionalmente como os corredores “amadores”.  E aqui vem a melhor parte dessa nossa conversa: existe uma empresa que está sempre presente no evento deles que vende um brownie feito para corredores. Isso mesmo, existe um brownie “turbinado” que tem  a quantidades de proteínas e fibras necessárias para suplementar os atletas durante a atividade esportiva.  Na hora lembrei do cliente da minha amiga e perguntei como é a concorrência nesse mercado. Ela disse: ” ainda tem muito espaço, nós que organizamos o evento, contamos sempre com esse parceiro, mas seria super interessante ter outro parceiro até para atender a demanda de vendas no nosso site”.

Carnivor BrownieQuando pesquisei no Google, vi que em outros países temos muito mais resultados para a pesquisa de Brownie funcional. Aqui no Brasil temos alguns resultados e marcas trabalhando esse segmento mas muito menos . Em algumas regiões desse imenso Brasil , acredito que seja muito difícil de achar. Esse poderia ser o “oceano azul” para esse cliente – caso não saiba o que é o conceito do oceano azul, veja aqui a explicação https://goo.gl/DxE2rr .

Mercado de nicho

Em um mercado com menos oferta fica mais fácil conseguir precificar o produto com melhores margens. É mais fácil uma marca se tornar referência. As grandes marcas poderão ter um produto concorrente, mas  as chances para quem se especializa e conhece melhor o mercado e os clientes são maiores. E esse foco, somente marcas menores conseguem.  Quem conhecer mais será a  referência para mercado. A concorrência em mercados de nicho é menor. Pequenas marcas tem mais chance de crescer de forma mais sólida.

Ter sucesso empreendendo depende de diversas variáveis mas para o nosso pequeno empreendedor que citamos acima, acho que as chances de sucesso dele seria maior trabalhando em um mercado onde haja espaço ao invés de brigar por um espaço já ocupado por pequenas e grandes marcas. Dá trabalho entrar em um novo mercado, explorar muitas vezes mercados inexistentes mas vale a pena parar um pouco e pensar. Corridas e esportes são tendências. Tendências mostram crescimento ,logo,  focar em um mercado em crescimento e com pouca concorrência pode ser o começo de uma estratégia de sucesso, como nesse exemplo do nicho de mercado de brownies para esportistas.

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