4 erros para construir uma marca

4-erros-criar-marcaAs empresas gastam tempo e dinheiro criando uma marca. E pode ser muito mesmo que tenha “pago” barato, mas se for ruim. Terá sido caro. Eu diria que tem que ser razoável e gastar bem. O mais importante não é o quanto mas o quanto de tempo estamos disposto a investir e me construir uma marca. E muitos, infelizmente, não dão a atenção necessária.

E  o fato é que todos os erros para construir uma marca  tem alguns pontos em comum. Vou citar 4 deles que você poderá escolher evitar.

E esses erros, para as pequenas marcas, que buscam um lugar ao sol, podem gerar desastrosas consequências. Muitas marcas novas acabam sendo desprezado por possíveis clientes, por esses não interpretarem da maneira correta o que a marca gostaria de transmitir. E então, todo um esforço pode ser perdido.

Os erros mais comuns são:

1. Não contratar um profissional ou não saber escolher um profissional.

Quando eu faço o planejamento para a construção de uma marca , eu tento entender, com o cliente, qual será o conceito da marca. O tom da voz da marca e principalmente pegar referências do que o cliente busca na marca ou a tendência dentro do segmento. Eu trabalho muito com pequenas empresas e a verba é sempre um fator limitante. Mas isso não justifica contratar o parente ou o amigo. É ai que muitos perdem dinheiro. Não por contratar o amigo, mas por não pesquisar qual o melhor designer dentro da sua verba e se esse profissional tem um portfólio próximo do que se busca.

Por exemplo, se eu tenho uma  cliente de marca feminina. Ela não tem muita verba mas quer criar uma marca. Eu procuro designers que já tenham desenvolvido marcas “femininas” e que tenham a pegada que eu acho que a minha cliente está buscando.

As chances desse profissional acertar serão maiores. Normalmente esses designers não tem um portfólio tão amplo ou mesmo anos de experiência. Por isso, o valor mais acessível. Mas desenvolveram marcas boas nesse segmento que eu busco. Já tem referências, às vezes em outro segmento, mas com os traços que eu busco para a marca que estou desenvolvendo.

O erro é a pessoa pensar: tenho um amigo que tem um preço acessível. Só que não é o que a marca pede. Ai já criou toda uma situação e fatalmente a escolha será por uma opção “a menos pior”, afinal é amigo. Como chateá-lo?! Duvido que você não conhece alguém já fez a escolha assim. Nem viu o portfólio do profissional. Não caia nesse erro.

2. Não pedir um manual de identidade

Alguns profissionais que lerem esse texto podem ficar bravos, ou não. Mas para mim deveria estar incluso em todas as propostas de criação de marca, um manual de identidade.

O barato pode sair caro e era “só” um manual de identidade e pode ser a diferença entre o sucesso e o desastre.

Já vi marcas boas, que aplicam de forma errônea as cores, por exemplo. Tipologia. Todos os textos, que a marca estará se comunicando, deve já ter definido previamente uma tipologia. É ai que o manual de identidade irá ajudar.  Então, lembre-se: peça o manual de identidade ao criar a sua marca.

3. Inconsistência da marca em diferentes plataformas

Esse erro é por causa da falta do manual de identidade. O manual será o guia para você ler constantemente e se guiar. O problema é que as pessoas não levam isso a sério e vão fazendo. Quando vê a marca virou um Fraksteins  e já perdeu a sua essência.

Outro dia vi a marca de um produto alimentício. Uma “boa” marca. Mas as linhas de produtos não conversavam uma com a outra. Por mais que fossem linha de produtos diferentes, era uma marca pequena e ter sinergia entre esses produtos deveria ser fundamental. Só assim a marca ganha relevância no ponto de contato com o consumidor. Do jeito que foi feito,  o consumidor mal percebe que se trata da mesma marca. Isso é ruim. Perde-se força. Então, plataforma será qualquer local onde a marca será aplicada. Ela deverá ter uma sinergia.

4. Não ter uma boa copy

Saber descrever bem o que se faz ou sobre o produto, é fundamental. Além de ter uma boa copy , se tiver um bom storytelling pode ser o casamento perfeito.

Faça o seu cliente entender bem o diferencial do seu produto ou serviço. Não dê trabalho para ele entender, diga de forma clara. Será aí que uma boa copywriting irá te ajudar. Depois envolva o seu cliente, de forma que a sua marca conte uma história, uma experiência única. Veja aqui as vantagens de um bom storytelling.

Evitando esses 4 erros a sua marca terá muito mais chance de sucesso. É o início de tudo e deveria ser a parte a ser mais bem cuidada pelos empresários e empreendedores. Volto a dizer: tamanho não justifica. Não diga que a sua empresa é pequena. A única coisa que “justifica” é a teimosia de muitos empreendedores em achar que isso é “não tão importante” e que o “amigo” mesmo dá conta. Então tá! Refazer tudo sairá muito mais caro. E lembre-se que o tempo também é dinheiro.

Veja também: Quando criar uma marca?

 

 

 

 

 

 

Funil de vendas. Nem sempre é bem assim.

Ilustração funil de vendas

Quando se fala em marketing digital, logo fala-se em funil de vendas. O termo  ficou muito conhecido nos últimos tempos. Porém, nem sempre podemos dizer que isso é certo. Não mais.

Estudos mais recentes tem mostrado que a jornada do consumidor não tem sido nada linear. Podemos então pensar em outros formatos como pirâmides e ampulhetas. Às vezes quando achamos que está afunilando, volta a ampliar.

Vendo isso na prática, imagina a Julia de 15 anos. Ela está insatisfeita com o seu cabelo e começa a pesquisar um novo shampoo. A jornada começa com diversas pesquisas no Google. Depois de algum tempo ela lê sobre algumas marcas. E até aqui, poderia ser um comportamento típico de um funil.

Porém, nesse momento ela lê que a marca “y” não contém parabeno, nem sulfato. Nesse momento, Julia fica intrigada e resolve voltar a pesquisar um pouco mais. Então,  Julia lê sobre Low Poo. E nesse momento, Julia volta a ampliar a sua pesquisa sobre uma nova forma de tratar os seus cabelos.

Somente depois de ter pesquisado de forma ampla sobre a técnica Low Poo, Julia volta a pesquisar quais marcas possuem Shampoo Low Poo, preços e finalmente onde comprar.

Uma jornada nem sempre será linear

Veja que a jornada não é linear, como em um funil. Mas está mais para o formato de uma ampulheta, que quando achamos que está afunilando, volta a ampliar e só depois afunila novamente.

Mas essa não é uma regra. Por isso, não podemos hoje chamar de funil , amplulheta e nem pirâmide .  Pois ,  poderá ter vários formatos, dependendo em que estágio estiver o  consumidor.

Fato esse, que caberá ao profissional de marketing identificar em qual momento da jornada o cliente está e como conseguir atender suas necessidades.  A verdade é que não importa em qual momento da jornada o seu consumidor está , mas que você saiba que a todo o momento ele está tomando decisões.

Os clientes querem se relacionar com marcas que oferecem informações úteis, sejam relevantes e que de fato ofereçam algum tipo de ajuda. Você terá que ter respostas para cada momento da jornada .

Quando as pessoas podem contar com as marcas, elas respondem com a sua preferência.

Pesquisamos por opiniões dos outros

Uma nova variável nessa história toda foi a popularização dos smartphones que realmente mudou a regra do jogo.

Se temos alguma dúvida, seja para compras online ou offline , entramos na internet e pesquisamos. Queremos saber opiniões.

Nos Estados Unidos, um mercado que para nós no Brasil , sempre nos aponta uma tendência, mostra um crescimento de mais de 35% por “product review” (avaliação de produtos), segundo dados do Google.

Seja presente. Seja útil.

A venda está se tornando e deve ser uma consequência. Pense qual a solução que o seu produto ou serviço oferece  para o seu cliente.  Foque na solução. Entregue esse valor ao seu cliente. Pense qual é o beneficio que o seu produto ou serviço entrega. Não nas características dos seus produtos, mas nos benefícios percebido pelos clientes.

Infelizmente ou felizmente poucas marcas no Brasil trabalham dessa forma. O que gera muitas oportunidades, com muitos nichos de mercados prontos para serem bem trabalhados . Vai ficar ai esperando o concorrente fazer melhor ?

Veja aqui como criar um diferencial para o seu e-commerce.

4 fatos que mostram que é possível competir com grandes empresas

Se você tem uma pequena empresa ou pensa em abrir uma empresa mas fica dizendo que é impossível competir com grandes empresas do mercado, vamos aos 4 fatos ao seu favor para competir com “as grandes” do mercado.

  •  Agilidade para mudar as pequenas empresas tendem a ter menos processos burocráticos e muitas vezes as tomadas de decisões são mais rápidas. Inclusive para testar novos mercados.

Por isso, o modelo startup tem sido replicado pelas grandes empresas. A ideia é montar pequenos times com poder de decisão em áreas como engenharia, marketing, etc.. para tentar criar mais agilidade.

Portanto, isso quer dizer, que as grandes empresas estão tentando replicar o modelo de “pequenas empresas”. Um time pequeno e com poder de decisão é o que você tem na sua empresa.

  • Criar experiência, Principalmente para a nova geração de consumidores, que estão sempre buscando mais que a aquisição de um novo produto/serviço. Eles buscam a experiência de compra. Não importa se é de uma grande ou pequena empresa.

Muitas vezes a descoberta de uma nova marca ou um produto com uma proposta diferente, é justamente um estimulo para uma nova experiência. E se for boa a experiência, se tornará uma moeda social . E esse consumidor irá adorar compartilhar em suas redes sociais.

  • Atendimento. É nas redes sociais que esse novo consumidor está presente. Ele busca a opinião dos amigos e do que estão indicando.

Pequenas empresas conseguem, muitas vezes, serem mais ativas e mais próximas dos seus consumidores nas redes sociais. Certamente esse vínculo cria uma conexão. Essa conexão prevalecerá no momento de decisão de compra, que estará acima do tamanho da empresa ou da marca.

  • Agilidade solução de problemas. Já vimos muitas empresas grandes serem altamente criticada nas redes sociais justamente pela demora em dar uma solução a um problema.

Quando a empresa é muito grande, o problema precisa chegar a pessoa de decisão. Tomada a decisão, passar para a assessoria de imprensa e então para a agência de comunicação. Só então, o consumidores será notificado. Consequentemente, muito tempo já se passou. E isso, poderá se tornar um viral negativo para a marca.

Empresas menores conseguem ser mais ágeis nas respostas aos problemas. Muitas vezes gerando em poucos minutos ou no máximo horas, um post de agradecimento pela resolução do problema.

A democratização da venda

A internet democratizou a venda. Hoje em dia temos tantos canais para vender que é possível começar mesmo sem uma empresa aberta. Pessoas vendem no Instagram, no Facebook, vendem em marketplaces como Enjoei e Elo 7 onde é possível, mesmo sendo pessoa física , já começar a fazer as suas primeiras vendas. A tecnologia democratizou a marca. Hoje em dia é possível produzir em baixa escala produtos personalizados com marca própria.

Valorização do pequeno produtor

Grandes empresas tem se apropriado de termos como artesanais, direto do produtor entre outros. Basta ver a linha de cervejas artesanais , muitas produzidas por grandes cervejarias.Cervejas artesanais

Atento a tendência do mercado, as grandes empresas, tem se utilizado desse conceito para mostrar que é um produto mais “puro”, feito de forma mais “dedicada” e especializada.

Esse é o argumento que toda a pequena empresa tem e poderá utilizar. E acima de tudo, não será apenas como uma estratégia de marketing. É ter isso na sua essência.

Provavelmente você conhecerá mais do seu nicho do mercado que qualquer grande empresa que atua em diversos segmentos de produtos.

Por exemplo, se você trabalha com massas frescas caseiras, você saberá mais histórias, dicas, receitas, do que as grandes marcas. Porque não é só sobre comprar só massa. É comprar a história por trás do produto. E esse conteúdo, essa experiência, as pequenas empresas tem sido mais eficiente que muitas grandes empresas.

Nessa agilidade e proximidade com o consumidor, muitas pequenas empresas tem crescido. Como resultado, grandes empresas tem comprado essas “pequenas” empresas, para então conseguirem ter em seus portfólios, marcas que “vendem” essa experiência de compra.

Marcas como a cerveja Colorado, Suco do Bem, Mãe Terra e tantas outras que começaram pequenas foram adquiridas por grandes corporações como Ambev e Unilever.  Justamente, por serem marcas que possuíam algo que elas não tinham: uma conexão com o seus consumidores que iam além do produto. Elas tinham fãs da marca.

A sua marca no boca a boca

Parece que as vezes alguns produtos viram moda do dia para a noite e todo mundo começa a falar a respeito. A maneira mais fácil de perceber isso é quando você convive com uma criança. Um dia você escuta falar de um novo brinquedo/personagem e rapidamente você percebe que todas as crianças falam da mesma coisa. Parece uma virose que pegou toda a escola e você se vê quase obrigada a comprar a “febre” do momento.

Porque algumas coisas pegam?

As pessoas gostam de parecer interessantes e adoram contar uma novidade. Lembra quando você era criança, que fazia um trabalhinho na escola e chegava em casa e corria para mostrar para a sua mãe? Ou mesmo na escola um ficava mostrando para o outro o que tinha feito? Pois bem, desde cedo temos a tendencia de mostrar ou falar sobre o que fazemos. Na adolescência adorávamos compartilhar com nossos amigos sobre tudo. E assim vamos seguindo a vida toda.

Adoramos contar uma nova solução que encontramos, uma nova marca, um local secreto que poucos sabem, quanto mais especial ou exclusivo achamos, mais gostamos de compartilhar. Isso é chamado moeda social. Essa é uma forma de nos colocarmos e nos posicionarmos na sociedade. De sermos interessantes ao grupo em que pertencemos.

Precisamos mostrar um valor único, uma exclusividade, uma vantagem, uma novidade, um segredo, algo que a sua marca ou o seu produto tenha e que sirva de moeda social , que estimulem as pessoas a querem compartilhar com outros sobre o seu produto, o seu serviço.

A diferença entre o boca a boca imediado e o contínuo

A maioria dos empreendedores querem que falem do seu produto ou serviço. Principalmente que falem positivamente ou indiquem para outras pessoas. Mas existe uma diferença entre o boca a boca imediato e o contínuo.  O melhor? Depende. Por exemplo, um novo filme, precisa impactar e causar um boca a boca imediato pois é um período curto que um filme fica em cartaz e quando mais buzz gerar próximo ao lançamento, será melhor.

O boca a boca contínuo poderá ser melhor para ações que visam promover, por exemplo, uma alimentação mais saudável. Se alimentar saudavelmente deverá ser um habito continuo e não algo para poucas semanas.

Como fazer o seu produto ser lembrado?

Existem diversas estratégias para fazer o seu produto e/ou marcar ser lembrado, um deles é o gatilho. Um gatilho é algo que ativa a sua mente, muitas vezes de forma inconsciente e te leva a um pensamento, desejo ou ação. Por exemplo, quando vamos ao cinema, logo somos estimulados pelo delicioso cheiro de pipoca.

Já sentimos tantas vezes o cheiro de pipoca ao irmos ao cinema, que é quase automático associarmos filme com pipoca. Mesmo em casa, se vamos assistir um filme, já pensamos em fazer uma pipoca. Existe um gatilho que ativa automaticamente em nosso cérebro: filme = pipoca, e isso nos faz pensar, sentir vontade e muitos vezes levantar e ir lá comprar ou fazer uma pipoca.

Muitas propagandas utilizam os gatilhos mentais.

Nos Estados Unidos uma marca de cerveja fez uma campanha onde amigos se encontravam em um bar e falavam ” E ai?” como um cumprimento, e então aparecia cerveja. A marca percebeu que os jovens estavam se cumprimentando assim e ao associar a cena a cerveja, na tentativa de criar um gatilho mental. Provavelmente muitas pessoas que foram impactadas pela propaganda, ao estarem no bar e fazerem ou ouvirem o cumprimento “Eai?!” lembrariam da tal marca de cerveja.

Muitas vezes , algumas marcas fazem uma campanha super inusitada, super criativa como por exemplo, um homem das cavernas em uma situação inusitada. E isso pode ser engraçado mas não necessariamente é um bom gatilho, afinal não é sempre que estamos pensando em homens das cavernas ou vimos para que acione um gatilho e a gente lembre do produto anunciado.

Levando para o dia a dia do seu negócio, temos o exemplo de um supermercado que conseguiu aumentar as vendas de vinhos franceses, somente tocando mais músicas francesas ao final do dia. Percebendo que era o horário que as pessoas iam comprar vinhos, colocaram música francesa e isso funcionou como um gatilho. Mesmo sem perceber as pessoas tiveram uma tendência a escolher mais vinhos de nacionalidades francesas que dê outras nacionalidades. Esse teste foi feito mudando para outro estilo de música.  No dia de músicas italianas, além do vinhos italianos, foram vendidos mais massas e outros produtos que remetem a Itália.  O aroma também é utilizados por muitos como gatilhos.

Nada é por acaso

Recentemente vi uma palestra de uma ex diretora da Coca Cola. E ela disse: “vocês já pensaram porque a Coca Cola é consumida durante as refeições?! Não é ao acaso. Foi uma estratégia da marca”. Basta lembrar que por muitos anos e ainda muitas vezes, a propaganda mostra uma família reunida em volta da mesa, durante uma refeição, bebendo Coca Cola. Depois de alguns anos mudaram um pouco a propaganda. Tente lembrar de alguma. E pense..quantas vezes quando você está com muito calor, você pensa em uma Coca Cola gelada. Lembrou ?! Não é por acaso.

 

Inovar é sempre a melhor solução?

Fazem alguns anos que eu empreendo em meu próprio negócio mas eu sempre me interessei muito por empreendedorismo. Adoro ver o que estão abrindo, novas marcas surgindo, escutar novas ideias de negócio.

Existem aqueles empreendedores que seguem tendências, que esperam ver ou  ler o que está sendo sucesso no mercado, qual é a tendência da vez , como por exemplo, comida fitness e então resolvem se jogar nesse segmento em busca de uma fatia desse mercado. E existem os inovadores. Aqueles que identificam uma oportunidade de mercado ou  já tinham uma familiaridade com o segmento, como no nosso exemplo, o segmento o alimentício.  E na busca por um diferencial resolveu apostar em criar uma linha fitness. Esse segundo empreendedor, o que inova, é quem tem mais chance de se dar bem. Mas também de fracassar.

Dados mostram que 42% da startups falham porque seus produtos não foram lançados na hora certa. Por falar em startup, você sabe o que é uma Startup? Para você ser considerado uma startup você deve estar começando um negócio e esse negócio deverá trazer uma inovação. Não precisa ser necessariamente com tecnologia mas tem que trazer uma inovação e normalmente essa inovação busca resolver algum problema. E ser um produto ou serviço escalável.

Identifique um problema e poderá descobrir um mercado

Por exemplo, voltando a comida fitness, aquele segundo empreendedor que inovou nesse segmento, ele poderia ter identificado que as pessoas que tem o hábito fitness tem dificuldade de manter uma dieta equilibrada, com as calorias necessárias pensando não somente em perda de peso mas em ganho de massa muscular, e decidiu inovar e criar uma startup de comidas congeladas fitness. Se o problema é real, provavelmente existe um mercado, uma oportunidade e esse empreendedor tem grande chances de sucesso.

Existem aqueles que identificam uma tendência e conseguem aproveitar essa onda.O Uber não foi o primeiro , o próprio Google não foi o primeiro buscador. Mas eles identificaram a tendência e entraram para buscar uma participação nesse mercado. Sendo bons , podem ser tornar lideres. Ser o primeiro não é necessariamente ser o melhor. Mas há aqueles que fazem isso tarde demais e pegam um mercado saturado, o famoso caso da palhetas e brigaderias.

Dá para inovar até nas áreas mais tradicionais.

Não exite uma regra clara quando falamos de empreender e chances de sucesso. Empreender é um risco. Sempre!  Quem não quer se arriscar ou tem medo, não deve empreender. Mas começar um negócio é apenas o primeiro passo, sobreviver será uma luta diária. Por isso, a inovação tem sido uma obstinação de muitos novos empreendedores. Ao inovar, você tem a chance de ser visto pelo mercado e pelos consumidores. As pessoas gostam e comentam sobre novas ideias, jornalistas precisam publicar ideias novas, investidores buscam todos os dias por novas ideias.

Empreender é difícil de qualquer maneira. Não tenha medo e nem preguiça de inovar. Mesmo em áreas tradicionais é possível inovar. Nos próximos posts vamos mostrar alguns cases para inspirar você.

 

Veja também: é mais fácil para quem está todo mundo vendendo?

 

É mais fácil vender o que está todo mundo vendendo. Será?!

Uma oportunidade de mercado é vender o que está todo mundo vendendo ? Todo mundo deve lembrar da febre das paleterias (aquele sorvete mexicano). Junto com a moda vem uma infinidade de empresas e pequenos comerciantes aderindo a  moda.  A ideia é conseguir uma participação, uma fatia,  um market share desse mercado. Moda é diferente de tendência.  Por exemplo, o mercado de produtos naturais e saudáveis é uma tendência. A forma como vivemos está mudando e a busca por uma qualidade de vida aumenta cada vez mais. Logo, dentro do mercado “alimentação saudável ou produtos ligados ao bem estar,   temos diversas possibilidades a serem exploradas. Moda é mais pontual a dura menos tempo.  Ainda existem as paleterias?! Sim, com certeza. Mas muitos quebraram em um curto espaço de tempo ou tiveram que rapidamente se reinventarem.

Outro dia conversando com uma amiga estávamos falando sobre uma consultoria que ela estava prestando para um cliente que queria vender brownies , aqueles bolinhos de chocolate . Tem um case de sucesso no mercado  de venda de brownies  que são os Brownies do Luis, que recentemente lançou uma linha de produtos de brownies orgânicos assinados pela Bela Gil. Se não conhece ainda esse produto, vale a pena pesquisar, é uma delícia! 🙂 .   E todos devem conhecer muitos outros brownies “sem marcas” que vemos por ai em padarias e supermercados, normalmente ficam perto dos caixas.

A receita de brownie desse cliente, segundo ela,  era bom. Nada de surpreendente. Ele usava bons ingredientes mas não os melhores como um chocolate belga, mas bons ingredientes. O preço ele se baseou no mercado e cobrava dentro da média pré estabelecida para venda de brownies em padarias e pequenos comércios.  A margem era “justa”, o que poderia ser um problema pois com produtos alimentícios temos que considerar as perdas devido a data de validade.  Pela capacidade de produção do tal cliente , daria um rendimento baixo que no plano dela sugeria uma estratégia no aumento da produção (investimento em nova estrutura) para poder render o suficiente para ele conseguir se manter do empreendimento dele.

A nossa conversa foi: “mas porque ele quer entrar nesse mercado?” Ele não tem o melhor produto, nem a melhor receita, nem o melhor preço, nem a melhor embalagem, nem a melhor proposta de valor . Ele não vendia uma história, algo que fizesse diferença no produto dele. Ele apenas queria um fatia de um mercado que ele identificou como promissor. Ele via que brownies vendiam e que poderia ter uma produção inicial caseira e de baixo investimento.  Ele entrou esperando conseguir uma participação desse mercado.  Pode ser que ele consiga, mas as chances dele, analisadas naquele momento,  não eram nada boas e manter um negócio também não significa viver bem desse negócio.

Descobrindo novas oportunidades

Dias depois dessa conversa, encontrei com uma outra pessoa e ela estava me contando que há anos trabalha com corridas. Que as corridas de rua cresceram muito, que hoje em dia são em média 3 corridas de rua acontecendo todo o final de semana em São Paulo. Que tem desde pequenas corridas até as grandes corridas e como elas se dividem. Enfim, um novo e prospero universo com empresas criando produtos como palmilhas e maquiagens focando somente nesse publico que pratica desde  corridas profissionalmente como os corredores “amadores”.  E aqui vem a melhor parte dessa nossa conversa: existe uma empresa que está sempre presente no evento deles que vende um brownie feito para corredores. Isso mesmo, existe um brownie “turbinado” que tem  a quantidades de proteínas e fibras necessárias para suplementar os atletas durante a atividade esportiva.  Na hora lembrei do cliente da minha amiga e perguntei como é a concorrência nesse mercado. Ela disse: ” ainda tem muito espaço, nós que organizamos o evento, contamos sempre com esse parceiro, mas seria super interessante ter outro parceiro até para atender a demanda de vendas no nosso site”.

Carnivor BrownieQuando pesquisei no Google, vi que em outros países temos muito mais resultados para a pesquisa de Brownie funcional. Aqui no Brasil temos alguns resultados e marcas trabalhando esse segmento mas muito menos . Em algumas regiões desse imenso Brasil , acredito que seja muito difícil de achar. Esse poderia ser o “oceano azul” para esse cliente – caso não saiba o que é o conceito do oceano azul, veja aqui a explicação https://goo.gl/DxE2rr .

Mercado de nicho

Em um mercado com menos oferta fica mais fácil conseguir precificar o produto com melhores margens. É mais fácil uma marca se tornar referência. As grandes marcas poderão ter um produto concorrente, mas  as chances para quem se especializa e conhece melhor o mercado e os clientes são maiores. E esse foco, somente marcas menores conseguem.  Quem conhecer mais será a  referência para mercado. A concorrência em mercados de nicho é menor. Pequenas marcas tem mais chance de crescer de forma mais sólida.

Ter sucesso empreendendo depende de diversas variáveis mas para o nosso pequeno empreendedor que citamos acima, acho que as chances de sucesso dele seria maior trabalhando em um mercado onde haja espaço ao invés de brigar por um espaço já ocupado por pequenas e grandes marcas. Dá trabalho entrar em um novo mercado, explorar muitas vezes mercados inexistentes mas vale a pena parar um pouco e pensar. Corridas e esportes são tendências. Tendências mostram crescimento ,logo,  focar em um mercado em crescimento e com pouca concorrência pode ser o começo de uma estratégia de sucesso, como nesse exemplo do nicho de mercado de brownies para esportistas.

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E veja 5 erros que você não deve cometer no seu e-commerce.

Quando criar uma marca?

Poderíamos falar de diversos fatores para dizer se é o momento ou não de criar uma marca. Mas de uma forma curta e direta é: quando você estiver pronto para fazer uma promessa para os clientes e ter a certeza que será capaz de entregá-la.

Uma marca é uma promessa sobre quem você é e quais benefícios você entrega.  Elas serão reforçadas ou posta à prova toda vez que um cliente entrar em contato com a sua marca.

Marca não é uma logomarca , um nome criado para maquiar e  para oferecer uma oferta de produto.  Muitos empreendedores acham que ao criar uma proposta de um produto e/ou serviço estão criando uma marca. Entendo que eles precisam ter um nome mas isso não é uma marca, é um nome para um produto ou serviço.

Agora se você quer ter uma MARCA, comece pensando:
  • Qual a sua proposta de valor?
  • Qual o problema você está resolvendo ?
  • Qual beneficio seu produto ou serviço oferece?
  • Qual a razão do seu produto ou serviço existir?

Ao identificar o valor do seu produto, você estará dando o primeiro passo para começar a pensar em como CRIAR A SUA MARCA! Se tem um valor, existe uma promessa a ser entregue. Se você for a pessoa capaz de entregar essa promessa, você tem tudo para criar uma marca. Uma marca de valor.

Veja também: Marca como tendência 

Ter uma marca sua. Mais que uma tendência. Uma oportunidade.

Estive recentemente no evento E-commerce Brasil e criar a marca própria é uma tendência. Os Marketplaces têm investido em infra estrutura como serviços de Fulfillment, que engloba: recepção de pedidos, armazenamento  e controle de estoque, distribuição e logística. Com isso, eles se aproximam da indústria, oferecendo esse serviço. Por outro lado, a indústria além de ver como uma oportunidade de ganhar em suas margens, pode ser uma forma de ter  um melhor controle do seu mercado, afinal a indústria poderá monitorar qual região vende mais, fazer ofertas e sentir a sensibilidade de preço do seu consumidor quase que em tempo real. Hoje ela consegue mensurar isso, mas com um tempo de resposta mais lento. Vender online é mensurar praticamente em tempo real o seu termômetro de vendas. Isso quer dizer que o distribuidor deixa de existir? Não.

Primeiro temos que lembrar que um país da extensão do Brasil e com as dificuldades que temos na nossas logísticas, haverá assim o papel para os distribuidores. Cada vez mais devemos ter o mercado integrado, o chamado omnichannel, que é  a integração das lojas físicas, virtuais e compradores.

Ter marca própria poderá ser uma questão de sobrevivência

Mas a vida de quem revende outras marcas no mercado online não está fácil e não deverá melhorar nos próximos anos. As margens estão cada vez menores,  sustentar as comissões, valores dos fretes, e taxas de cartão, não se tornará mais sustentável.

Mas há um caminho: criar a sua MARCA. Vimos no evento, importadores trazendo produtos da China com marca própria e sites do segmento de vestuário onde atualmente já conta com 40% da sua venda de roupas com  marcas próprias produzidas em Santa Catarina.

Não tive dúvida que aquele que perceber isso primeiro e já começar mesmo que devagar, apenas com uma parte do seu mix com marca própria, terá mais chance de sobreviver no mercado online.

Se você ainda acha que criar uma marca não é para você. Está na hora de repensar a sua estratégia.

Veja também: é a hora de criar a sua marca?